O apêndice é um órgão do corpo humano pouco lembrado até que cause algum problema. Este pequeno órgão tido como “não essencial”, fica localizado no ceco, primeira parte do intestino grosso, próxima à sua ligação com o intestino delgado.
É considerado não essencial, pois é possível viver bem sem ele. A função do apêndice tem sido discutida há muito tempo, pesquisas apontam que ele auxilia de forma secundária o sistema digestivo e também é um órgão linfático que contém grande quantidade de glóbulos brancos.
Até então, tudo bem, o problema ocorre quando este pequeno órgão tem sua parte interior, também chamada de Luz, obstruída, causando assim uma inflamação aguda de classificação muito grave. Essa obstrução pode ser causada por um pedaço de fezes, por hiperplasia linfoide, pequenos vermes ou outros corpos estranhos, e ainda infecções virais. Quando isso acontece, as bactérias ali presentes se proliferam e causam a infecção e inflamação do apêndice. Inicialmente este quadro fica restrito ao apêndice, mas com o passar das horas, o quadro infeccioso inflamatório fará com que o apêndice se rompa, processo chamado de “apendicite supurada”, o que causa a infecção da cavidade abdominal, chamada de “peritonite”. A peritonite tende a evoluir para a SEPSE, que é uma infecção generalizada, provocando assim a falência múltipla dos órgãos e levando a pessoa a óbito.
Um fator extremamente alarmante é que o tempo entre o aparecimento dos sintomas e o agravamento da situação tende a ser curto, inferior a um dia e meio, embora possa variar de pessoa para pessoa. Devido à velocidade de evolução do problema e o risco de vida corrido pelo paciente, é necessário a busca por atendimento médico de forma imediata ao notar sintomas de apendicite.
Sintomas:
Falta de apetite;
Náuseas;
Vômitos;
Febre;
Dor abdominal na parte inferior direita (principal sintoma).
A dor abdominal costuma ser sentida inicialmente na parte alta do abdome de forma fraca, e com o passar das horas, essa dor passa a ser sentida na parte de baixo do abdome, do lado direito, sendo agora forte e contínua.
É importante descrever todos os sintomas durante o atendimento médico, inclusive se a dor mudou de lugar com o passar das horas.
Diagnóstico:
Ao chegar ao hospital, o histórico de sintomas relatados pelo paciente e o exame físico (palpação do abdome) poderão ser suficientes para a suspeita de apendicite e pode haver o encaminhamento imediato para a cirurgia ou o médico pode também solicitar exames de imagem, tais como tomografia computadorizada ou ultrassonografia, podem ainda ser solicitados exames de sangue e urina. Estes exames de imagem são solicitados principalmente em pacientes mulheres, pois a dor na parte inferior direita do abdome também podem ser consequências de inflamações das trompas, ovário e útero.
Tratamento:
O tratamento da apendicite é feito com a remoção do órgão através de uma cirurgia, chamada de apendicectomia.
A cirurgia pode ser feita de forma tradicional ou por meio da laparoscopia, quando há a introdução de uma microcâmera e os instrumentos cirúrgicos através de três pequenos cortes.
Em alguns casos excepcionais, o tratamento clínico utilizando antibióticos é feito antes da cirurgia.
Infelizmente não há forma de prevenção à apendicite. É importante ficar atento aos sintomas e principalmente à dor intensa e contínua na parte inferior do abdome, do lado direito. Ao perceber essa dor, não hesite em procurar atendimento médico, pois a apendicite faz com que o paciente tenha uma literal corrida contra o tempo, quanto mais rápido o diagnóstico, maiores as chances de recuperação completa, pelo outro lado, se o paciente demora a procurar tratamento, as consequências da apendicite podem ser fatais.
Fontes: Dr. Drauzio Varella, Ministério da Saúde, Minha Vida, Manual MSD
Entenda sobre o Câncer de Mama
"...Este tipo de câncer afeta majoritariamente as mulheres e pode evoluir de diferentes formas. De acordo com as características próprias de cada tumor, este pode se desenvolver rapidamente ou lentamente..."
Entenda sobre o Lúpus
"...O Lúpus é uma doença rara, inflamatória e autoimune (nome dado quando os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico da pessoa atacam os próprios tecidos do corpo por engano). A causa do Lúpus ainda não é clara, porém, estudos indicam que a pré-disposição genética, a exposição a raios ultravioleta, o uso de certos tipos de medicamentos (tais como hidralazina, procainamida, e isoniazida)..."
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