“A Hipertensão Arterial Sistêmica é a mais frequente das doenças cardiovasculares. É também o principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal” (Ministério da Saúde, 2006, p.07).
A hipertensão arterial, ou como é popularmente conhecida “pressão alta”, se refere ao aumento anormal e perigoso da pressão da circulação sanguínea pelas artérias do corpo. Para chegar às outras partes do corpo após ser bombeado pelo coração, o sangue dispõe de uma força natural exercida contra as paredes das artérias, o problema ocorre quando há o estreitamento das artérias, isso obriga o coração a bombear o sangue com mais força para que aquela quantidade de sangue consiga passar pelo espaço estreito e seguir o seu fluxo normal, retornando ao coração posteriormente
.
Vamos ajudar você a entender o que pode causar este estreitamento das artérias, quais as medidas de prevenção e também os parâmetros para a medição da pressão arterial.
Você já ouviu falar em pressão sistólica e diastólica?
Estes dois tipos de pressão estão totalmente relacionados ao batimento cardíaco e ao espaço de tempo entre eles. Quando ocorre o batimento cardíaco (contração do coração) e o sangue é bombeado, é gerada uma pressão sanguínea sobre as artérias, esta pressão é chamada de pressão sistólica. Já a pressão diastólica representa a pressão sanguínea no espaço de tempo entre um batimento cardíaco e outro, ou seja, quando o coração está em um breve repouso.
Se você ouve alguém dizer, por exemplo, que sua pressão arterial está 120/80 (resultado normal), os números apresentados se referem respectivamente à pressão sistólica e diastólica.
Uma pressão arterial em estado normal, como mencionado no parágrafo anterior, tem a pressão sistólica igual ou inferior a 120 e a diastólica igual ou inferior a 80. Quando os números estão superiores a estes, os estados de pressão arterial são classificados da seguinte forma:
Pré Hipertensão: Quando a pressão sistólica mede entre 120 e 129 e a pressão diastólica é menor que 80.
Hipertensão Estágio 1: Quando a pressão sistólica mede entre 130 e 139 e a pressão diastólica mede entre 80 e 89.
Hipertensão Estágio 2: Quando a pressão sistólica mede igual ou superior a 140 e a pressão diastólica tem resultado igual ou superior a 90.
Crise Hipertensiva: Quando a pressão sistólica mede igual ou superior a 180 e a pressão diastólica tem resultado superior a 120.
Nota: As considerações acima são válidas para adultos (maiores de 18 anos), para crianças e adolescentes, os limites são classificados em uma tabela diferenciada de acordo com o peso e a altura.
Crises hipertensivas podem causar sérios danos ao organismo além de levar a óbito por meio das complicações em sua consequência. O alto nível de pressão arterial não controlado tende a causar lesões nas artérias e a dilatação do coração, que têm como consequência a insuficiência cardíaca e outras complicações cardiovasculares.
A pressão arterial de um ser humano sofre alterações durante o dia, de acordo com a posição, os movimentos, o estado emocional (stress) e as atividades exercidas no momento. A pressão arterial de uma pessoa em repouso será inferior em comparação a quando esta mesma pessoa estiver praticando alguma atividade física, por exemplo.
Os principais fatores de risco que levam à aparição da hipertensão são:
Hereditariedade;
Alto consumo de sal e sódio;
Sedentarismo;
Sobrepeso;
Idade avançada;
Estresse elevado;
Alto consumo de bebidas alcoólicas;
Alimentação não saudável com alto teor de gordura;
Tabagismo.
A hipertensão é conhecida por ser uma doença traiçoeira, pois raramente apresenta sintomas, a menos que a pessoa já esteja em um estágio elevado, sua identificação ocorre principalmente por aferições de pressão arterial em exames de rotina.
A hereditariedade é um fator de peso considerável para o desenvolvimento da hipertensão, estima-se que pessoas que tem ambos os pais hipertensos têm 60% de chance de desenvolver a doença, e pessoas que tem apenas um dos pais com hipertensão têm 25% de chance de desenvolvê-la. Para as pessoas que se encontram nesta descrição é ainda mais importante manter-se distante dos outros fatores de risco controláveis, como por exemplo, o alto consumo de sal e sódio, o tabagismo e o sedentarismo.
Antes os problemas de hipertensão costumavam atingir principalmente pessoas com idade superior a 60 anos, mas esta idade vem sendo reduzida por conta do estilo de vida das pessoas mais jovens, má alimentação e demais fatores de risco controláveis presentes em suas vidas.
A Organização Mundial de Saúde orienta que a quantidade máxima de sal considerada aceitável a ser consumida diariamente por um ser humano é de 5 gramas, no entanto, a quantidade ingerida pelas pessoas é consideravelmente superior. O tabagismo, por sua vez, é outro grande vilão causando o estreitamento do calibre das artérias, tornando ainda mais difícil a circulação do sangue.
"O excesso de peso é um fator predisponente para a hipertensão. Estima-se que 20% a 30% da prevalência da hipertensão pode ser explicada pela presença do excesso de peso. Todos os hipertensos com excesso de peso devem ser incluídos em programas de redução de peso. A meta é alcançar um índice de massa corporal (IMC) inferior a 25 kg/m2 e circunferência da cintura inferior a 102 cm para homens e 88 cm para mulheres, embora a diminuição de 5% a 10% do peso corporal inicial já seja capaz de produzir redução da pressão arterial." (Ministério da Saúde, 2006, p.25).
Sintomas:
Como vimos anteriormente, a hipertensão costuma ser assintomática, apresentando sintomas apenas em um estágio mais avançado ou em picos de hipertensão. Neste caso, os sintomas podem incluir:
Dores no peito;
Dor de cabeça;
Fraqueza;
Zumbido no ouvido;
Tontura;
Sangramento nasal;
Visão embaçada.
Quando os sintomas aparecem, significa que a situação está grave e a pessoa deve procurar atendimento médico imediato.
Tratamento:
Existem duas principais possibilidades terapêuticas para o tratamento da hipertensão arterial:
Modificação de estilo de vida (inclui a realização de atividades físicas, alimentação saudável e consequentemente, equilíbrio de peso;
Medicamentos;
Os medicamentos utilizados no tratamento da hipertensão tem o objetivo de reduzir a pressão arterial (anti-hipertensivos), estão disponíveis em uma grande variedade e atuam através de diferentes mecanismos. Os medicamentos podem ser classificados em:
Diuréticos;
Vasodilatadores diretos;
Inibidores adrenérgicos;
Bloqueadores dos canais de cálcio;
Antagonistas do sistema renina-angiotensina.
A melhor opção de medicamento para cada pessoa deve ser avaliada e prescrita pelo médico responsável, caso o tratamento medicamentoso se torne necessário.
Pessoas com hipertensão são orientadas a medir a pressão arterial em suas casas e em uma frequência maior, esta frequência será também orientada pelo médico cardiologista. É imprescindível que o paciente siga as recomendações corretamente tanto em relação às medições de pressão arterial quanto às recomendações sobre estilo de vida, alimentação, e, principalmente, ao tratamento medicamentoso (se houver).
Infelizmente a hipertensão não tem cura, mas pode e deve ser controlada. As medidas de prevenção consistem em evitar ao máximo os fatores de risco controláveis e buscar manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.
Além disso, é importante não abrir mão dos exames de rotina, pois são neles que muitas vezes é descoberta uma alteração na pressão arterial.
Fontes: Ministério da Saúde, Caderno de Atenção Básica, Dr. Drauzio Varella, Manual MSD, Minha Vida Saúde.
O que é Apendicite?
"...O problema ocorre quando este pequeno órgão tem sua parte interior, também chamada de Luz, obstruída, causando assim uma inflamação aguda de classificação muito grave. Essa obstrução pode ser causada por um pedaço de fezes, por hiperplasia linfoide, pequenos vermes ou outros corpos estranhos, e ainda infecções virais...."
O que são Miomas?
"...Estes tumores costumam se desenvolver em mulheres em idade próxima aos 40-45 anos, e o sobrepeso é um fator contribuinte para o aparecimento deles. Você já ouviu relatos de pessoas que precisaram remover o útero? Os miomas podem ter sido a causa desse acontecimento..."
Comentarios