Você sabe o que são Linfomas? Esta palavra pode soar desconhecida para muitos, mas trata-se na verdade de um tipo de câncer ou tumor maligno que afeta o sistema linfático. Mas o que é o sistema linfático? De forma resumida, o sistema linfático é uma complexa rede de vasos, órgãos e outras pequenas estruturas (nódulos linfáticos) que tem colaboração com os glóbulos brancos do sangue, ajudando assim na proteção do organismo contra bactérias e vírus, além de trabalhar na remoção dos fluidos em excesso localizados nos tecidos e na absorção dos ácidos graxos.
Os linfomas acontecem quando um linfócito (célula de defesa) sofre mutação e se transforma em uma célula maligna com capacidade de crescimento descontrolada e capacidade de produzir clones, que podem, com o passar do tempo, atingir tecidos ao redor e outras partes do corpo.
Existem dois tipos de linfomas: Hodgkin e Não Hodgkin.
Os casos de linfomas Hodgkin acontecem em um tipo de célula conhecida como célula de Reed-Sternberge. Este tipo é mais recorrente em pessoas com idade entre 15 e 40 anos, e em casos avançados, estima-se que é curado em 70% das vezes, já se for identificado e tratado precocemente, em sua fase inicial, esta estimativa sobe para cura em 90% das vezes.
Os linfomas Não-Hodgkin, mais comuns em pessoas acima dos 60 anos, são mais complexos, não afetam uma célula específica e incluem mais de 20 tipos diferentes de cânceres, são classificados de acordo com a célula linfoide afetada e o comportamento, pelo qual estes linfomas são caracterizados em:
Indolentes (evolução gradativa\lenta);
Agressivos (invasivos e com crescimento acelerado).
Ambos os tipos de linfomas são curáveis se tratados corretamente e diagnosticados em estágio inicial.
As causas dos linfomas na maioria das vezes são desconhecidas, embora algumas vezes possam estar relacionadas à causas virais e aos fatores de risco abaixo:
Fatores de risco para o desenvolvimento dos linfomas Hodgkin:
Sistema imunológico comprometido ou imunidade baixa;
Ter familiares que desenvolveram linfomas (mais raro).
Fatores de risco para o desenvolvimento dos linfomas Não Hodgkin:
Sistema imunológico comprometido ou imunidade baixa;
Exposição à agentes químicos presentes em agrotóxicos, pesticidas, fertilizantes, entre outros;
Exposição à altos níveis de radiação.
É importante que você esteja atento aos sintomas que normalmente se manifestam em forma de cansaço, perda de peso, ínguas, aumento do baço, anemia, queda de plaquetas, alterações dos leucócitos, febre e transpiração excessiva.
As ínguas (caroços) podem ser encontradas principalmente no pescoço, nas axilas e virilha.
Ao encontrar os sintomas, o próximo passo é procurar atendimento médico para que sejam realizados os exames. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, os diagnósticos para os tipos de linfomas ocorrem da seguinte forma:
Linfomas Hodgkin:
“O diagnóstico do linfoma de Hodgkin é obtido por meio de biópsia da região afetada. A biópsia consiste na retirada de uma pequena parte ou de todo o linfonodo, que posteriormente é enviado para exame patológico.” (Instituto Nacional de Câncer, 2020)
Linfomas Não Hodgkin:
“Entre os exames indicados, estão a biópsia (retirada de pequena porção de tecido, em geral dos gânglios linfáticos, para análise em laboratório de anatomia patológica), punção lombar, tomografia computadorizada e ressonância magnética.” (Instituto Nacional de Câncer, 2020)
Agora que já falamos sobre os sintomas e diagnóstico dos linfomas, veja abaixo como ocorrem os seus tratamentos:
Linfomas Hodgkin:
O tratamento comum utiliza a poliquimioterapia, que é a quimioterapia com múltiplas drogas, podendo ter também a radioterapia incluída. Para pacientes que não responderem bem ao tratamento inicial ou tiverem o retorno da doença, são indicadas alternativas como a poliquimioterapia estritamente precisa e o transplante de medula óssea.
Linfomas Não Hodgkin:
A estratégia de tratamento pode variar de acordo com o tipo de linfoma Não Hodgkin. O tratamento comum envolve quimioterapia, com associação à imunoterapia ou à radioterapia. Esta última é uma forma de radiação utilizada para eliminar ou reduzir a carga tumoral de determinados locais, reduzir os sintomas e auxiliar a quimioterapia.
O Instituto Nacional do Câncer também explica que:
Para linfomas com maior risco de invasão do Sistema Nervoso Central – SNC (cérebro e medula espinhal), faz-se terapia preventiva (injeção de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal, e/ou radioterapia que envolva cérebro e medula espinhal). Nos pacientes já com o SNC envolvido, ou que desenvolvem esta complicação durante o tratamento, são realizados esses mesmos tratamentos. (Instituto Nacional de Câncer, 2020)
Agora que você pôde entender sobre os linfomas, nós queremos lembrar a você e reforçar a informação de que são doenças potencialmente tratáveis e curáveis desde que o tratamento seja feito de forma correta e preferencialmente com antecedência, por isso, é importante que não haja negligência ou demora na procura de atendimento médico ao perceber os sintomas, em especial, o aparecimento das conhecidas “ínguas” ou caroços, que podem surgir principalmente na região do pescoço, axilas e virilhas.
Tem alguma dúvida sobre os linfomas que não foi esclarecida aqui? Deixe seu comentário!
Fontes: Instituto Nacional do Câncer (1, 2), Blog da Saúde (1, 2), Biblioteca Virtual em Saúde, Dr. Drauzio Varella.
Prevenção ao Suicídio (Setembro Amarelo)
"...Estima-se que aproximadamente 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados se as vítimas tivessem recebido ajuda tanto de profissionais quanto de pessoas ao redor, mas para que as pessoas recebam a ajuda necessária e cada vez mais casos de suicídio não venham a acontecer, é necessário que todos tenham um melhor entendimento sobre..."
Suspensão de Reajustes de Planos de Saúde
"...No dia 21 de Agosto de 2020 foi anunciada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a suspensão dos reajustes em contratos de planos de saúde durante o período de 120 dias, a partir do mês de Setembro..."
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