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Entenda sobre a Diabetes

Atualizado: 4 de out. de 2020


Podemos definir diabetes como uma doença crônica que ocorre em quando há uma má absorção de insulina no organismo ou a falta de produção dela.


Para ajudar você a entender melhor, vamos falar um pouco sobre a insulina em si. A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas e controla o nível de glicose no sangue, quebrando as moléculas de glicose, que obtemos através dos alimentos, e transformando-as em energia. Em casos de diabetes, não há a produção da insulina ou não há a produção suficiente dela, ou, em outra situação, o organismo é incapaz de usar a insulina que produz, produzindo resistência a ela. Como resultado desta complicação, o nível de glicose no sangue fica elevado (hiperglicemia) e se a situação permanecer assim por muito tempo, poderá causar danos a nervos, órgãos, vasos sanguíneos.


Existem dois tipos principais de diabetes: Diabetes tipo 1 e Diabetes tipo 2.


Diabetes tipo 1:


Ocorre quando o próprio sistema imunológico da pessoa por engano ataca as células beta do pâncreas, e, como resultado disso, a produção de insulina é nula ou muito baixa. O que ocorre em seguida é o acúmulo de glicose no sangue, que não será usada como energia para o corpo, pois o processo foi interrompido no começo. Cerca de 5 a 10% de casos de diabetes são do tipo 1, sendo mais comum na infância e na adolescência, embora também possa ser diagnosticada na vida adulta.


Diabetes tipo 2:


Ocorre quando o organismo não consegue usar a insulina que produz para o seu devido propósito, ou não produz insulina suficiente para que o nível de glicose no sangue seja controlado. O resultado, embora causado de forma diferente, também é o acúmulo de glicose no sangue. Cerca de 90% dos casos de diabetes são do tipo 2, sendo mais comum na vida adulta, embora também haja a possibilidade de ser diagnosticada na adolescência e na infância.


Há também um terceiro tipo de diabetes, porém, este é temporário, mas trás risco de desenvolvimento da doença crônica posteriormente. É chamado de Diabetes Gestacional.


Diabetes Gestacional:


A gestante passa por mudanças em seu quadro hormonal durante a gestação, para permitir assim o desenvolvimento do feto. A placenta é uma fonte de hormônios que acaba reduzindo a ação da insulina e, como consequência, faz com que o pâncreas produza mais insulina para compensar esta redução, no entanto, às vezes o trabalho à mais do pâncreas não é suficiente e ocorre o acúmulo de glicose no sangue. O bebê também passa a receber muita glicose por meio da placenta e seu pequeno pâncreas fica sobrecarregado, e mesmo assim, não consegue produzir insulina suficiente para toda aquela quantidade de glicose, o que fará com que as sobras de glicose se tornem gordura e o bebê ganhe peso além do comum. Quando o bebê nascer e houver o corte do cordão umbilical, seu pâncreas continuará a produzir muita insulina mas não haverá o recebimento da glicose que vinha da mãe, o que poderá ocasionar uma hipoglicemia, que é a queda considerável do nível de glicose no sangue. Além disso, pode haver risco de parto prematuro ou traumático, e risco de desenvolvimento de obesidade e diabetes na vida adulta do bebê.


Para a mãe, há o risco de desenvolvimento do tipo 2 de diabetes após o parto.


Fatores de Risco para o desenvolvimento de diabetes:


Tipo 1:


  • Histórico familiar de diabetes.


Tipo 2:


  • Ganho excessivo de peso e obesidade;

  • Sedentarismo;

  • Histórico familiar de diabetes;

  • Hipertensão;

  • Elevados níveis de colesterol e triglicérides.

  • Uso de medicamentos da classe glicocorticoides;

  • Caso de Pré-Diabetes (quando os níveis de glicose no sangue estão elevados, mas não o suficiente para ser considerado um quadro de diabetes).


Para gestantes, além dos fatores descritos acima, há também:


  • Idade elevada da gestante;

  • Ganho de peso excessivo durante a gestação;

  • Síndrome dos ovários policísticos;

  • Gravidez de gêmeos;

  • Casos de diabetes gestacional na mãe da gestante.


Principais sintomas de diabetes:


  • Frequente necessidade de urinar;

  • Sede excessiva;

  • Aumento de apetite;

  • Fadiga;

  • Perda de peso;

  • Dificuldade do corpo em cicatrizar ferimentos;

  • Visão embaçada;

  • Frequência de infecções, principalmente na pele e nas unhas.


Diagnóstico e tratamento:


O diagnóstico ocorre de forma inicial através de um exame de sangue para detectar os níveis de glicose presentes nele. Se forem constatadas alterações significativas, serão feitos exames mais complexos, como o exame da curva glicêmica, onde são coletadas amostras de sangue em um tempo determinado e, nos intervalos, o paciente deve ingerir um xarope de glicose. Os resultados trarão um diagnóstico preciso.


O tratamento consiste principalmente em controlar o nível de glicose no sangue, para evitar maiores complicações. Deve haver a medição deste nível por meio de um aparelho monitor de glicemia ou por meio de bombas de insulina.


As medições devem ocorrer nos horários certos de acordo com a instrução médica, deve haver também o registro dos dados.


A Sociedade Brasileira de Diabetes informa que:


  • “A glicemia normal em jejum não deverá ultrapassar os 100 mg/dL”

  • “Duas horas após uma refeição, a glicemia não deverá ultrapassar 140 mg/dL”


Além disso, planejamento alimentar e exercícios físicos farão parte do tratamento de forma essencial, e serão devidamente orientados pelo médico conforme a necessidade do paciente.


O tipo 1 de diabetes torna necessária a obtenção de insulina por meio de injeções. Já o tipo 2, pode não necessitar da injeção de insulina e ser controlado por meio de medicamentos e estilo de vida saudável (dietas e atividades físicas).


Ambos os tipos de diabetes, se não tratados corretamente, podem causar complicações fatais. Além de, por conta da dificuldade de cicatrização ser uma das consequências da diabetes, casos não tratados podem ocasionar na perda de membros após ferimentos evoluídos e não cicatrizados, principalmente os pés.


Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) informam que mais de 13 milhões de pessoas no Brasil vivem com diabetes. Embora não tenha cura, é importante que sejam seguidas as orientações para manter a doença controlada e que haja a realização do diagnóstico de forma precoce ao identificar os sintomas, para assim evitar maiores complicações. A realização de exames é ainda mais importante se você tem casos de diabetes na família.






 

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